sexta-feira, 6 de abril de 2012

Preciso-te




Preciso-te.
Dizes-me sem qualquer necessidade de o fazer. Nunca te perguntei. Nunca to pedi.
Apenas te quero.
Quero-te sem esperanças de te ter, compreendes? Sem querer mais do que o que me queiras dar.
Consegues perceber? Acho que não. Que nunca conseguiste, que jamais vais entender.
Que todo este sentimento que me invade é único, expresso do meu ser, impossível de explicar.
Quero tudo de ti. Que me gostes, que me adores. Que me sintas, que me beijes, que me devores.
Quero tudo que me possas dar. Sorrisos ao acordar, gemidos ao deitar, carinhos ao adormecer.
Quero tudo que sempre me fizeste sonhar. Acreditar que é possível, passível de acontecer, de te ter, de te viver.
Quero isso tudo, tudo que tens para me fazer feliz. Quero crescer contigo, aprender o que tiveres para me ensinar, olhar o que houver nos olhos e me encantar.
Mas quero se me quiseres dar. Não vou exigir-te nada. Nem mais, nem menos do que apenas me quiseres dar.
É dificil compreende eu sei, pois é, igualmente difícil de explicar.
Eu quero tudo isso, mas já és tanto em mim que, mesmo não me dando tudo que desejo, que almejo, que espero, já é muito o que me dás.
Tenho sede de ti, fome do teu ser. Tenho necessidade de te sorver qualquer momento que de ti venhas a dar.
É como um vício. Sim! É um vício: nunca é suficiente e o pouco que temos já nos preenche.
E como nos vícios, não posso viver sem ti.
Preciso-te. Digo mesmo sabendo que não precisas de mim.

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