Há dias em que a esperança é um martírio. Acreditar em algo que se quer é, por vezes, massacrar a Alma. É fazer doer no que intimamente desejamos. É apertar o coração e vê-lo a morrer aos poucos, a deixar de bater, a deixar de viver.
E depois, depois a esperança.
Voltar a acreditar, voltar a querer, voltar a sentir o que nos faz bem.
Muitas vezes a vã da esperança...
Porque quem espera desespera. E eu, hoje, desespero. Tão profundamente que me dói cá dentro.
Não sei o que dói mais: se a esperança ou a falta dela.
Sei que há dias em que não dói e tudo é leve e eu acredito que recuperarei o que tinha, o que era, o que me fazia feliz.
Dizem que só se dá valor ao que se perde... Não, não é verdade. Dá-se mais valor. Apreciam-se os detalhes, as pequenas coisas.
E a esperança de se voltar a isso.
E a (quase) certeza de ser (im)possível...
Cat.
07.03.2022