terça-feira, 20 de setembro de 2011

O sabor


O sabor ainda permanece em mim,
Como se tivesse acabado de sentir,
De tocar, de saborear.
Um sabor que não é possível de descrever...
Intenso, envolvente
Como as noites de Verão...
Suave, delicado
Como o orvalho de Outono...
Forte, arrebatador
Como a chuva de Inverno...
Quente, sedutor
Como o sol da Primavera...
Um sabor que apenas se sente,
Nos lábios, na boca.
Que se entranha,
Que toma posse de mim...
Um sabor que me consome
Apesar de entrar em mim...
Indescritível a tua boca.
O sabor da tua boca...

07/09/2011

Nesta cama...

Nesta cama agora fria e despida,
Despida de ti, de nós,
Jaz meu corpo arrefecido.
Depois de quente e demasiado aquecido
pelo teu. Pelo teu corpo quente,
másculo e forte.
Depois de comandada por ti,
Depois de beijada e domada por ti.
Neste louco sentir e desejo,
Neste tremendo fogo que me consome.
Que me arde e me devora.
Nesta cama sou tua,
Agora e outra e outra e outra vez.
E de cada vez, me parece menos,
Me apetece mais...
Nesta cama de pecado,
Quero ser tua nova e eternamente.
Sem perguntas ou quaisquer "quês" ou "ses"...
Sem cobranças ou denúncias.
Cúmplices no prazer.
Assim... Apenas de vez em vez.

05/09/2011